25–27 de septiembre de 2024
UNA
America/Asuncion zona horaria

Dirección General de Postgrado y Relaciones Internacionales-Rectorado

Gestão da internacionalização da educação no Brasil a partir de políticas institucionais para a formação técnica e tecnológica

No programado
20m
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Campus de la UNA - San Lorenzo

Descripción

Gestão da internacionalização da educação no Brasil a partir de políticas institucionais para a formação técnica e tecnológica

Luis Enrique Aguilar
(Faculdade de Educação da Unicamp. Email: eaguilar@unicamp.br)

Sueli Soares dos Santos Batista
(Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. Email: suelissbatista@uol.com.br)

Emerson Freire
(Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. Email: freire.emerson@uol.com.br)

Frente às demandas de internacionalização no processo de formação educacional e inserção sociolaboral de seus egressos, as instituições de ensino tem se engajado em estratégias de internacionalização. As universidades de classe mundial são representativas desse esforço seja para que se alcancem indicadores, seja para que se mantenham em rankings dessa natureza. As políticas dependem, portanto, dos atores sociais que dela fazem parte de maneira institucionalizada ou não. Esses atores podem estar integrados em grupos formais e informais, com diferentes graus de poder à medida que existam e sobrevivam canais democráticos de inserção e de poder de decisão. Nos limites desse estudo é abordada a relevância das instituições e seus atores, participantes da estrutura organizacional que exercem e se submetem a relações de poder que têm forte impacto sobre as políticas públicas educacionais, especialmente as que se refere à educação profissional e tecnológica. Apresenta-se nesse estudo uma reflexão sobre essa problemática, bem como se propõe uma metodologia para se trabalhar na perspectiva das análises de instituições de educação profissional e tecnológica brasileiras pouco estudadas quanto se trata de internacionalização. O estudo apresenta sugestões para que essas instituições possam prosseguir com suas estratégias de internacionalização a partir de uma articulação entre ensino, pesquisa e extensão e institucionalização crescente dessas estratégias. Destacamos aqui a metodologia utilizada nesse estudo que permitiu chegar a algumas conclusões a respeito não das estratégias específicas de cada instituição mas da importância de considerar essas estratégias para as políticas de internacionalização da EPT. Não basta reconhecer e valorizar as instituições nesse processo mas estudá-las e considerá-las em sua ampla matriz e estrutura social (HAM, HILL,1988). As instituições no papel que exercem quanto às políticas públicas precisam ser consideradas na sua estrutura administrativa, nos conflitos de interesse que a atravessam e as normas inerentes a essas dimensões interdependentes (BENSON, 1983). Estudando o protagonismo das Instituições de Ensino Superior (IES) frente às políticas de internacionalização de educação Thiengo e Bianchet (2020) mostram como as estratégias de internacionalização vem assumindo a dianteira na corrida pela excelência acadêmica educacional nos países latino-americanos. Para fazer esse diagnóstico há que se ater nos marcos regulatórios e normativos que constróem a concepção e a implementação das políticas educacionais implementadas pelas instituições desses países (AGUILAR , 2013.) A questão é saber como se dá essa corrida que se refere a arranjos institucionais mais ou menos consentidos e orgânicos dependendo das estratégias e dos recursos disponibilizados para isso. A internacionalização desde o ponto de vista institucional é fundamentalmente uma política que supõe a intencionalidade de buscar o desenvolvimento institucional para atingir patamares de excelência acadêmica de docência e pesquisa que por comparação supomos mais elevados, melhores que o que transitamos ou possuímos institucionalmente. Convênios e acordos com instituições internacionais; extensão de campus em outros países; interculturalidade no currículo; política linguística, eventos internacionais; mobilidade docente, discente e de pesquisadores, criação de assessoria de relações internacionais, projetos de pesquisa conjunta com universidades estrangeira, publicações conjuntas entre pesquisadores internacionais e acolhimento de estudantes estrangeiros, uso ostensivo de cursos à distância e dupla certificação têm sido estratégias das instituições para promoverem a sua internacionalização (COELH0, 2018). Essas estratégias se encontram dependendo da instituição mais ou menos incorporadas à sua política institucional ou ao seu plano de desenvolvimento institucional formalizado. Para Almeida, Pereira e Santos Filho (2020), a universidade assume para a internacionalização da educação um protagonismo ao favorecer a formação de acadêmicos abertos ao multiculturalismo, à multiversidade e à multirreferencialidade. Esse protagonismo da universidade tem inspirado inúmeros estudos sobre a internacionalização da educação considerando-se o papel exercido pelas instituições de ensino superior. O que se defende nos limites desse estudo é um olhar mais específico para instituições de educação profissional e tecnológica que, ao contrário do que se comumente imagina também oferecem cursos de nível superior e pós graduação como é o caso da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e o Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (BATISTA, FREIRE, AGUILAR, 2020). O movimento que descrevemos sobre compreender a análise da internacionalização desde um movimento "de cima para baixo e de baixo pra cima" nos permite ilustrar o movimento que ocorre nas instituições que ocupam a nossa tela pois desde o ponto de partida que está dado pela Declaração de intenção política (de internacionalizar) é possível identificar um conjunto de ações administrativas, a produção de documentos e decisões que envolvem organismos de distintas esferas que se replicam com o mesmo propósito até atingir a dimensão institucional. Logo dentro desta dimensão poderemos observar réplicas deste movimento descrito de ações administrativas, produção de documentos e decisões. Então nossa matriz de análise da política tem esse percurso e logo poderemos identificar como, nalgumas instituições, este processo, inicialmente induzido desde as esferas da macro implementação, também adquire complexidade ao definir contornos de propósitos explicitamente estratégicos.

Palavras-chave: Internacionalização da educação. Políticas institucionais. Educação Profissional e Tecnológica

Referências

AGUILAR, Luis Enrique. A política pública educacional sob a ótica da análise satisfatória: ensaios. Campinas,SP: Edições Leitura Crítica, 2013.

ALMEIDA, Maria de Lourdes Pinto, PEREIRA, Elisabete Monteiro de Aguiar, SANTOS FILHO, José Camilo dos. Apresentação do Dossiê “Internacionalização na universidade ibero-americana: políticas, desenvolvimentos e desafios. Revista Série-Estudos , Campo Grande, MS, v. 25, n. 53, p. 81-102, jan./abr. 2020

BATISTA, SUELI S. S.; AGUILAR, Luis Enrique; FREIRE, Emerson. Políticas de internacionalização da educação profissional e tecnológica. Edufscar, São Carlos, 2022

BENSON, J. K. Interorganizational networks and policy sectors. In: ROGERS, David; WHETTER, David (Eds.). Interorganizational coordination. Iowa: Iowa University Press, 1983.

COELHO, I.M.W.S. A Institucionalização dos Centros de Línguas na Rede Federal. Vol. 2: Desafios e Boas Práticas. Campinas: Ponte, 2018,334 p.

HAM, Christopher; HILL, Michael. The policy process in the modern capitalist State. Brighton:Wheatsheaf Books, 1988. p. 130.

Autores primarios

SUELI SOARES DOS SANTOS BATISTA (CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA) Sr. LUIS ENRIQUE AGUILAR (UNICAMP) Sr. EMERSON FREIRE (CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA)

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