Ponente
Descripción
O presente trabalho tem por objetivo evidenciar como se estabelecem novos estados de auto-organização dos agroecossistemas que caracterizam o processo de transição agroecológica. Partimos da hipótese que a transição agroecológica se constitui de forma não linear, ocorrendo a partir de variadas práticas implementadas na gestão do agroecossistema e que se dá por meio da relação sistêmica entre elas. Essa hipótese foi verificada através de estudo empírico em três contextos agrários brasileiros: Borborema, na Paraíba; Baixo Sul, na Bahia; e Litoral Norte, no Rio Grande do Sul. Concluímos que as condições de Multidimensionalidade e Mutualidade, influenciadas pela gestão dos agroecossistemas, são constitutivos do estado de auto-organização deles. Além disso, tais condições também produzem condições de sustentabilidade sistêmica e configuram o processo de transição agroecológica.