Ponente
Descripción
Este trabalho em andamento investiga a institucionalização dos saberes ancestrais pela ciência moderna, examinando a resistência das narrativas agroecológicas tradicionais. As hipóteses centrais sustentam que a apropriação desses saberes pela ciência moderna restringe o debate à esfera acadêmica e à ciência convencional, alinhada ao pensamento capitalista. A pesquisa adota uma abordagem metodológica dialética e de natureza qualitativa. Assim, cabe refletir que os povos que resistem ao modelo hegemônico de desenvolvimento e vivem a agroecologia como uma cosmovisão desempenham um papel crucial na emancipação do modo de vida dominado pela mercadoria e de suas representações no pensamento ocidental. Os povos originários, cientistas ancestrais, devem ter seu saber preservado, reconhecido e transmitido, para além de suas tecnologias de manejo da terra, que é território de resistência crítica do capital e produção cultural emancipatória.